quinta-feira, 24 de abril de 2008

Coisa de taurino

Achei engraçado. Alguns professores têm a memória fraquíssima para rostos; enquanto alguns decoram seu nome, lugar que senta e grau de dificuldade com a matéria, outros nem ao menos se recordam de já terem conversado com você alguma vez na vida - a menos que você tenha discutido em aula ou que o tenha ''espetado'' de alguma forma, mesmo sem ter essa intenção. Aposto que há algumas semanas o professor nem se recordava de Fernando Savater - não desmerecendo o meu Fernandinho, claro! - mas lembro-me que perguntei ao professor se ele tinha algum livro que tratasse de amor e filosofia... Ele ficou pensativo por alguns instantes e eu disse que costumo ler 82678362 vezes os livros de Savater. Se houvesse a possibilidade de surgir aquelas lâmpadas de HQ's em cima de nossas cabeças na realidade, podem ter certeza que meu professor teria uma daquelas bem naquele momento - uma bem grande por sinal! Enfim, o caso é a lâmpada imaginária brotou na cabeça de meu professor, iluminando sua pose de velho intelectual - ele é aquele tipo de velhote que é tão inteligente que chega a ser maravilhoso - ou talvez o meu gosto por filosofia entorpece a minha visão...
Então, no fim, ele se recordou de um livro do Fernandinho (!!!): ''Ética com amor-próprio'' , disse que até me emprestaria e blá, blá, blá...
Na aula de ontem, ele apresentou o capítulo de um livro na qual devemos usar como base em nosso trabalho sobre ética: '' Por vir da ética'', do livro ''Ética com amor-próprio'' de Fernando Savater.
Fiquei com um ciúme danado! Juro! Sempre fui assim. Lembro que no colegial, cheguei a implorar para um grupo da minha sala não tocar a música ''Greatest Story Ever Told'' do Oliver James - poucas pessoas conheciam e eu sentia uma espécie de posse pela música naquela época, ela me lembrava uma pessoa da qual eu gostava. Claro que minha súplica não foi atendida e, óbvio que tocaram a música... Mais óbvio do que isso foi a minha cara de cu virado na apresentação inteira do grupo - ainda mais quando algumas meninas começaram a perguntar o nome da música ao grupo e anotaram em seus cadernos. Argh!
Seria a mesma coisa se meu namorado chamasse outra guria qualquer - e não qualquer também! (!!!) - de ''gatinha''. Quando nós nos conhecemos, disse-me uma vez que não tinha o costume de chamar as pessoas por apelidos.
...Dei um duro danado para conseguir arrancar dele um ''tratamento'' especial, logo, só pode ser MEU!

Meu, meu, meu... Só pode ser coisa de taurino. (!)

Um comentário:

Raoni disse...

Æ! Que belo blog! Mas ficará mais belo ainda com um visual personalizado.

E o texto? Muito bom. Isso me faz ter orgulho, assim como a certeza de que acertei em algo.

Acredito que este lugar vai me inspirar a escrever mais vezes, e não apenas quando por algum motivo a tristeza me inspira.

E claro, a honra do primeiro comentário...

Realmente, conseguiste algo muito difícil pra mim. Mas não é a toa que te chamo de gatinha.

Beijos, lindíssima!